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de piedade. Paz aos mortos! Tens raz�o, filha.
Conservou-se calado, operando, fiel �s instru��es recebidas. Vinte dias depois, o Marechal
Deodoro passava o governo �s m�os do Marechal Floriano, o congresso era restabelecido e
todos os decretos do dia 3 anulados.
Ao saber de tais fatos, Batista pensou morrer. Ficou sem fala por alguns instantes, e D.
Cl�udia n�o achou a menor parcela de animo que lhe desse. Nenhum contara com a marcha
r�pida dos acontecimentos, uns sobre outros, com tal atropelo que parecia um bando de gente
que fugia. Vinte dias apenas; vinte dias de for�a e sossego, esperan�as e grande futuro. Um
dia mais e tudo ruiu como casa velha.
Agora � que Batista compreendeu o erro de haver dado ouvidos � esposa. Se tem acabado e
publicado o manifesto no dia 4 ou 5, estaria com um documento de resist�ncia na m�o para
reivindicar um posto de honra qualquer,  ou só estima que fosse. Releu o manifesto; chegou
a pensar em imprimi-lo, embora incompleto. Tinha conceitos bons, como este: "O dia da
opress�o � a v�spera da liberdade". Citava a bela Roland caminhando para a guilhotina: "�
liberdade, quantos crimes em teu nome!" D. Cl�udia fez-lhe ver que era tarde, e ele
concordou.
 Sim, � tarde. Naquele dia � que n�o era tarde, vinha � hora própria, para o efeito certo.
Batista amarrotou o papel distraidamente; depois alisou-o e guardou-o. Em seguida, fez um
exame de consci�ncia, profundo e sincero. N�o devia ter cedido  resist�ncia era o melhor;
se tem resistido �s palavras da mulher, a situa��o seria outra. Apalpou-se, achou que sim, que
podia muito bem haver-lhe trancado os ouvidos e passado adiante. Insistiu muito neste ponto.
Se pudesse, faria voltar atr�s o tempo, e mostraria como � que a alma escolhe de si mesma o
melhor dos partidos. N�o era preciso saber nada do que anteriormente sucedeu; a consci�ncia
dizia-lhe que, em situa��o id�ntica � do dia 3, faria outra cousa... Oh! com certeza! faria cousa
muito diversa, e mudaria o seu destino.
Um of�cio ou telegrama veio arrancar Batista � comiss�o pol�tica e reservada. A volta para o
Rio de Janeiro foi breve e triste, sem os ep�tetos que o haviam regalado por alguns meses,
nem acompanhamento de amigos. Só uma pessoa vinha alegre, a filha, que rezara todas as
noites pela termina��o daquele ex�lio.
 Parece que est�s contente com o desastre de teu pai, disse-lhe a m�e j� a bordo.
 N�o, mam�e; alegro-me de ver que acabou esta canseira. Papai pode muito bem fazer
pol�tica no Rio de Janeiro, onde � muito apreciado. A senhora ver�. Eu, se fosse papai, apenas
desembarcasse, ia logo ao marechal explicar tudo, mostrar as instru��es e dizer o que tinha
feito  dizia mais que a dispensa veio muito a propósito, a fim de n�o parecer que ficara
amofinado. Depois pedia-lhe para trabalhar l� mesmo...
D. Cl�udia, a despeito do amargor dos tempos, gostou de ver que a filha pensava e dava
conselhos em pol�tica. N�o advertiu, como fez o leitor, que a alma do discurso da mo�a era
n�o sair da capital, fazer aqui mesmo o seu congresso, que em breve seria uma só assembl�ia
legislativa, como no Rio Grande do Sul; mas a qual das camaras, Pedro ou Paulo, caberia esse
�nico poder pol�tico? Eis o que ela mesma n�o sabia.
Ambos se lhe apresentaram a bordo, logo que o paquete entrou no porto do Rio de Janeiro.
N�o foram em duas lanchas, foram na mesma, e saltaram com tal presteza para a escada, que
escaparam de cair ao mar. Talvez fosse o melhor desfecho do livro. Ainda assim n�o acaba
mal o cap�tulo, porque a raz�o da presteza com que eles saltaram para a escada foi a ambi��o
de ser o primeiro que cumprimentasse a mo�a; aposta de amor, que ainda uma vez os igualou
na alma dela. Enfim chegaram, e n�o consta qual efetivamente a cumprimentou primeiro;
pode ser que ambos.
CAP�TULO LXXIII / UM ELDORADO
No cais Pharoux esperavam por eles tr�s carruagens,  dous coup�s e um landau, com tr�s
belas parelhas de cavalos. A gente Batista ficou lisonjeada com a fineza da gente Santos, e
entrou no landau. Os g�meos foram cada um no seu coup�. A primeira carruagem tinha o seu
cocheiro e o seu lacaio, fardados de castanho, bot�es de metal branco, em que se podiam ver
as armas da casa. Cada uma das outras tinha apenas o cocheiro, com igual libr�. E todas tr�s
se puseram a andar, estas atr�s daquela, os animais batendo rijo e compassado, a golpes
certos, como se houvessem ensaiado, por longos dias, aquela recep��o. De quando em
quando, encontravam outros trens, outras libr�s, outras parelhas, a mesma beleza e o mesmo
luxo, A capital oferecia ainda aos rec�m-chegados um espet�culo magn�fico. Vivia-se dos
restos daquele deslumbramento e agita��o, epop�ia de ouro da cidade e do mundo, porque a
impress�o total � que o mundo inteiro era assim mesmo. Certo, n�o lhe esqueceste o nome,
encilhamento, a grande quadra das empresas e companhias de toda esp�cie. Quem n�o viu
aquilo n�o viu nada. Cascatas de id�ias, de inven��es, de concess�es rolavam todos os dias,
sonoras e vistosas para se fazerem contos de r�is, centenas de contos, milhares, milhares de
milhares, milhares de milhares de milhares de contos de r�is. Todos os pap�is, ali�s a��es,
sa�am frescos e eternos do prelo. Eram estradas de ferro, bancos, f�bricas, minas, estaleiros,
navega��o, edifica��o, exporta��o, importa��o, ensaques, empr�stimos, todas as uni�es, todas
as regi�es, tudo o que esses nomes comportam e mais o que esqueceram. Tudo andava nas
ruas e pra�as, com estatutos, organizadores e listas. Letras grandes enchiam as folhas [ Pobierz całość w formacie PDF ]

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